SHOW-CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DE
LUIZ GONZAGA
Quando
oiei a terra ardendo
Qual
fogueira de São João
Eu
perguntei a Deus do céu:
"Ai,
pru que tamanha
judiação?"
judiação?"
& JORGE AMADO
Com o povo aprendi tudo quanto sei,
dele me alimentei e, se meus são os
defeitos da obra realizada, do povo são
as qualidades porventura nela existentes.
O centenário de Luiz Gonzaga e Jorge Amado é motivo mais que suficiente para uma celebração musical que fomente e também avive a memória dessas figuras tão importantes da cultura brasileira.
Este show mescla sucessos
de Luiz Gonzaga – Asa Branca, Baião, Vida de Viajante, etc - com temas musicais
das adaptações dos romances de Jorge Amado, que viraram grandes clássicos como
por exemplo o Tema de Gabriela, bem como com breves trechos de seus romances.
LUIZ GONZAGA
Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu 13/12/1912 – Recife 02/08/1989)
foi um compositor popular brasileiro, conhecido como Rei do Baião.
Cantando, acompanhado de
sua sanfona, de zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos
forrós, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o
sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das
pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado.
Foi um dos maiores ícones da cultura
nordestina e brasileira e possivelmente o compositor mais cantado entre os
brasileiros.
Luiz Gonzaga criou uma
obra poético-musical única, graças à sua sensibilidade aos temas mais variados.
Um cantador acima de tudo
ousado, furou a onda da música norte-americana que invadiu o Brasil na década
de 40, para mostrar a todo o país como se dançava o baião ou como se fazia um
forró.
Foi grande o bastante
para transformer a lição em tradição. E
mais: ensinou ao brasileiro o caminho da redescoberta de toda uma cultura
nordestina.
JORGE AMADO
Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna 10/08/1912 – Salvador
06/08/2011) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de
todos os tempos.
É o autor mais adaptado
da televisão brasileira – verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste; Gabriela
Cravo e Canela; e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de
Dona Flor e seus dois maridos e Tenda dos Milagres.
A obra literária de Jorge
Amado também recebeu inúmeras adaptações para cinema e teatro, além de ter sido
tema de escolas de samba por todo o Brasil.
Seus livros foram
publicados em 55 países, traduzidos em 49
idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos,
tendo sido superado em número de vendas
apenas por Paulo Coelho, mas em seu estilo – o romance ficciional – não há
paralelo no Brasil.
Em 1994, viu
sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões, o Nobel da língua portuguesa.
Gabriel Levy
Gabriel Levy é brincalhão. Quando se referem a ele como “o maior
acordeonista do Brasil”, ele responde: “Sou sim, tenho dois metros de altura!”.
O que Gabriel tem de altura, tem
também de carisma e simpatia.
Gabriel é um dos músicos mais
renomados de sua geração, e um dos acordeonistas brasileiros de maior destaque
da atualidade. Da nova geração de
acordeonistas que começa a despontar, Gabriel foi ou é professor de maioria.
Ele tem admiradores não só na cidade
de São Paulo, onde reside, mas por todas as partes do Brasil.
C.V. - Acordeonista, pianista, arranjador e
compositor, Gabriel Levy tem uma formação eclética voltada tanto para a música
erudita como para música popular. Dedicou-se à musica para teatro, dança
e performances cênicas.
Lecionou em
festivais de música, simpósios de educação musical e cursos de formação de
professores em Londrina, Curitiba, São Paulo, Minas Gerais, Alemanha
(Landesmusikakademie de Berlim), dentre outros, e foi professor da ULM-
Universidade Livre de Música de São Paulo. Publicou livros de Educação Musical
e atualmente é consultor junto ao Projeto Guri.
Recentemente
tem se dedicado à musica instrumental como compositor e acordeonista, atuando
em diversas tournês internacionais, incluindo Portugal, França, Espanha,
Inglaterra, Suíça, Alemanha, El Salvador, Venezuela, Bolívia, Japão, China,
etc.
Atuou tambem
ao lado de artistas dos mais diferentes estilos como: Carlos Careqa, Miriam
Maria, Palavra Cantada, Rogerio Botter Maio, Chico Saraiva, Marcelo Preto,
Toninho Carrasqueira, Fortuna, Ceumar, Antonio Nóbrega, Ballet da
Cidade de São Paulo, Zé Geraldo , Tião Carvalho e grupo Cupuaçu Thelma Chan,
Pena Branca e Xavantinho, João Ba, André Abujamra e banda Karnak, Vanessa
da Mata, Claudio Nucci, Fafá de Belem, Ivaldo Bertazzo, Quinteto Violado, Braz
da Viola, Roberto Corrêa, Jacques Morelenbaum, contadoras de história como
Regina Machado e Marcia Moirah, os grupos de música japonesa Bonsai Romã,
Gaijin no Me, Trio Kagurazaka e Seiha, os alaudistas Samir Joubran (Palestina)
e Sami Bordokan (Líbano/SP), o guitarrista português Antonio Chainho, o cantor
e instrumentista curdo Sivan Perwer, entre outros.
Tem sido
convidado para integar orquestras que acompanham artistas internacionais em
tour pelo Brasil como Os Tres Tenores, e Ute Lemper, a grande intérprete das
músicas de Kurt Weill, dentre outros.
A partir de
uma preocupação com a integração do público em geral com a produção musical vem
atuando como educador musical, arranjador e regente coral, produtor e diretor
musical de dezenas de CDs, e atuou em diversos grupos que trabalham com música
dançante brasileira como BANDA MAFUÁ, que integrou o forró ao circuito dançante
da noite paulistana, tendo como convidados vários músicos da cena brasileira
como Dominguinhos, Miltinho Edilberto, Tom Zé entre outros.
Foi um dos
acordeonistas retratados no filme O Milagre de Santa Luzia, documentário sobre
o acordeom no Brasil.
É integrante
da ORQUESTRA MUNDANA (coordenada por Carlinhos Antunes) - junto a qual tem
atuado com Fanta Konate (Guiné), Bayfall (Senegal), Kancham (India), Oleg
Fateev (Moldávia), indios Wauja, Badi Assad,etc.- da ORQUESTRA COMETA GAFI
(gafieira) - junto a qual tem atuado com Jair Rodrigues, Paulo Moura, Zé
Renato, Pedro Luis e a Parede, etc - da tribo MUTRIB (música dos Balkans
e Mediterrâneo oriental) - que tem atuado junto a músicos como Goran Alachki
(Macedônia), Boyko Sabev (Bulgária), Vesna Bankovic (Sérvia), dentre outros - e
do grupo MAWACA de músicas étnicas, que pesquisa tradições musicais do mundo
junto ao qual atuou ao lado de Tamie Kitahara (Japão/Brasil), Equidad Bares e
Marc Egea (Espanha), Né Ladeiras (Portugal), Pekka Lehti (Finlandia), Uxia e
Carlos Nuñes (Galicia), Marlui Miranda, Carlos Malta, etc.
Atualmente
tem se apresentado com seu próprio trio, quartet, ou quinteto tocando
repertório tradicional ou composições inspiradas em músicas do mundo.
O SHOW
Formação Musical:
Um show com Gabriel Levy,
acompanhado:
pela cantora Naomy Schölling, por Thomas Howard ao violão de 7 cordas e percussionista.
Esquema do Show:
Alternaremos grupos de músicas de Luiz Gonzaga, com grupos de
músicas relacionadas à obra de Jorge Amado, intercalados com breves trechos dos
romances de Amado, interpretados pela cantor/atriz.
No final do show, o público será convidado para aprender a
dançar o xaxado, e Gabriel Levy puxará uma quadrilha, que ocupará o palco e os
espaços possíveis dentro do teatro.
“Quero
ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que
cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os
valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome
reconhecido por outros poetas. Quero ser
lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que
criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor.” LUIZ GONZAGA