quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Lindo post da SINDIA BUGIARDA no meu facebook, em resposta a um post meu sobre o amor!!


Naomy Schölling
Tuesday
Há 300 anos, Rousseau já dizia numa d suas 2 óperas:"Para obter mais amor, finja amar um pouco menos."QUE MEEEERDA!!!!Por q tem q ser assim?
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  • Dre RochaJorge Barreto B and 11 others like this.
    • Naomy Schölling Isso faz parte do meu estudo!! Não é enrolação não! hahahaha
      Tuesday at 20:45 ·  · 1
    • Gabriela Menezes Hahahahaha, o pior é ue costuma ser assim MESMO! Sobre o que é a sua pesquisa?
      Tuesday at 20:47 · Edited · 
    • Naomy Schölling Gabriela, vou cantar a ópera de Rousseau, LE DEVIN DU VILLAGE, (na qual Mozart se inspirou pra fazer Bastien und Bastienne) dia 17 na PUC (Tucarena) em comemoração aos 300 anos de Rousseau.
      Tuesday at 20:54 · 
    • Mauro Leonel chego sempre tarde moi si grand copain de jean-jacques, mais, il faut le dire, l'amour n'était pas son fort!
      Tuesday at 21:01 ·  · 2
    • Jorge Tarquini o amor não é campo fértil para a honestidade – um triste ponto em comum com a política. Ou seja: o amor é um ato político. Por isso eu odeio a política...
      Tuesday at 21:02 ·  · 1
    • Mauro Leonel quant a naommy, il ne faut pas la decouvrir, il faut la deviner...comme encore cette fois...
      Tuesday at 21:02 · 
    • Luis Stelzer cara sabido, esse tal de Rousseau...
      Tuesday at 21:38 ·  · 1
    • Veronica Mcfarlin Isso ai nao era amor....
      Tuesday at 22:18 · 
    • Mauro Leonel mais il faut se rappeller que pour jean-jacques l'homme au monde naturelle étai un frére deh'autre homme, tandis que pour hobbes l'homme est un loup pour l'autre...
      Tuesday at 22:28 · 
    • Naomy Schölling Mauro, não entendi a partir do "tandis..." hahahahah
      Tuesday at 23:49 ·  · 1
    • Sindia Bugiarda Não tem, o Rousseau deve estar errado, talvez tivesse medo de amar. Nem todo corpo é capaz de sustentar um afeto desse ordem. Tem que ser um ateleta afetivo para realizar esse feito. Artaud nos deu a dica. Vai que é tua, Naomy, sem medo de correr os riscos. Aliás, tive a impressão de que é exatamente isso que vocês do Teatro Oficina fazem. Se dar sem medo do amor. Porque amor não trata de carência, de falta, trata da generosidade do desejo. Beijo.
      16 hours ago · 
    • Naomy Schölling É, Sindia... Mas não tem dado muito certo não... Realmente tudo indica que Rousseau estava bem certo... Parece que é o "jogo do amor", o "jogo do relacionamento", o "jogo da amizade"... vc tem que aprender a jogar... não pode mostrar muito o que sente não... complicado... eu não aprendi ainda... tbm tá muito difícil encontrar alguém que queira alguma coisa um pouco mais "intensa" com outra hoje em dia. Estamos definitivamente na era do "descartável". Uma m*rda!!!
      15 hours ago ·  · 1
    • Sindia Bugiarda A gente vai abrindo espaço no mundo, e o mundo na gente. Me considero uma pessoa de sorte. Mas por 10 anos, fiquei presa a um relacionamento em que eu não me via e não era vista. Quando eu finalmente consegui sair desse lugar( me sentia tão presa a ele que esse movimento de partir parecia impossível), pude construir territórios mais latentes. Há tanta gente fazendo isso, mas claro, não estamos falando de uma maioria. Não é facil fazer uma rede com conexões afetivas potentes, não dá para fazer isso com todo mundo. Só com quem quer, com quem pode. E a gente mesmo vai construindo esse quem quer e quem pode. A coisa que mais gostei na oficina que tive aqui com vocês, foi uma vez que o Zé Celso, durante uma ensaio, disse assim: teatro não é coisa para casal, e pediu para que um jovem casal não andasse grudado. Na hora, demorei um tanto para saber do que ele falava. Casal/relacionamento (relacionamentos de uma maneira geral, eu diria, amigos, amantes, familia) pode virar uma punhetina mixuruca, dessas que a gente faz escondido porque a mãe não deixa, esse tesãozinho pica mole, cheio de joguinhos e segredos. No teatro a gente mostra que mostra (Bertold Brecht diz isso, mas experimentei isso com vocês). Então, não faz sentido ficar nessa repressãozinha violenta. O Zé Celso sacou. Transfomrou o teatro num espaço onde todas essas liçõezinhas moralistas, que enchem a gente de carência e culpa, podem ser resignificadas, vivdas de outro modo. Rindo delas com um dedo no cu. Atualmente, tento tanto encontrar essas brechas nos meus relacionamentos. Todo dia é renovação de contrato, mudança de perspectivas. E não é fácil. É preciso muito amor, por mim especialmente. Para que eu não me achincalhe, não desmereça meus esforços, para que eu não me sinta ridicula por mostrar que amo, que gozo, que sinto prazer; por correr riscos, por ser boba. Nunca li Rousseau, mas amesquinhar afeto não me parece algo gostoso. O que vai acontecer, só aos deuses pertence! Que eu possa sempre correr o risco, aproveitar a oportunidade para construir alguma afirmação, sempre mostrando que mostro. Mostrando o que sinto. Não é fácil, meu corpo, para realizar esse movimento, tá em plena contrução, todos os dias, então, titubeio, caio, desacredito. Mas como dizia Lispector, a felicidade é sempre clandestina. Não sei, acredito tanto na força do que sentimos, na capacidade de temos de desejar, amar, agir, afirmar, lutar, seguir. É estupidol fingir amar um pouco menos quando o sol toca o nosso peito. Senti tanto isso quando estive com vocês aqui. Uma baca me beijou (não vou dizer quem foi para evitar a indiscrição, rs), era o proprio sol abrindo meu peito. Se alguém recusar isso, manda pro inferno, destroça o corpo dele, feito as bacas fizeram com Orfeu e segue. O que eu mais experimentei com vocês foi desmonstração de afeto, de todos os tipo. É muito corajoso. Lembra da música: "não olhe para a morta nesse meio dia, abandone a covardia, vem para orgia". Ai, pareço uma louca lembrando de num musical. Mas acredito mesmo nisso. Teseu largou Ariadne na Ilha de Naxo. Sorte a dela, porque quem a encontrou foi Dionísio. Claro, é dificil, uma merda, quanto mais sensibilidade mais dificil. Normalmente, a nossa fragilidade é nossa força, e vice-versa. O negócio é seguir. Ah, desculpe pelo mail longo. Gosto muito do teu trabalho, e ele me deixa tão contente que meu desejo é te deixar contente. Isso é estupido. É uma merda, tu tem razão, mas vou pedir: não se esconde, não. Porque é muito bonito e contagiante ver você em movimento. Beijo grande.
      14 hours ago ·  · 1
    • Naomy Schölling Sindia Bugiarda, que coisa mais linda... tô com lágrimas nos olhos e sem muitas palavras pra dizer agora... só saboreando todos os sentimentos/emoções que o que vc escreveu suscitou em mim. Te admiro cada vez mais! Te amo, viu?!!! Um beijo enorme pra vc, virtualmente, até a gente voltar a se ver um dia e poder se abraçar ao vivo!
      2 hours ago ·